OCUPAÇÃO VILA CRUZEIRO

Criminosos fugiram para Complexo do Alemão após ação com blindados.
Segundo comandante do Bope, pior parte foi vencer pontos de resistência.

 

Após a ocupação da Vila Cruzeiro, na Penha, Zona Norte do Rio, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) se preparam nesta sexta-feira (26) para fazer buscas dentro da favela. Mais 50 homens do batalhão vão reforçar o contingente de cerca de 100 agentes que já estão no local. Segundo o comandante do batalhão Paulo Henrique Moraes 300 agentes da Polícia Federal também vão se juntar às equipes que atuam nas ruas.

Na quinta, o Bope fez uma megaoperação na Vila Cruzeiro com apoio de blindados da Marinha. Muitos criminosos fugiram do local para o Complexo do Alemão, comunidade vizinha.

Desde domingo, o Rio de Janeiro vive uma onda de violência, com arrastões, veículos queimados e ataques a forças de segurança. Segundo o governo do Rio, é uma reação à política das UPPs, quando a polícia ocupa áreas antes dominadas por criminosos. Desde 2008, 13 dessas unidades foram instaladas na cidade.

Mesmo após a megaoperação de quinta, o Rio de Janeiro viveu uma madrugada com mais ataques, foram pelo menos cinco registrados. Em balanço divulgado na noite de quinta (25), a Polícia Militar informou que 72 veículos foram incendiados por criminosos desde o início dos ataques no domingo (21). Entre presos e detidos, há 188 pessoas. <img src="http://vanderalves.no.comunidades.net/imagens/043904546ex00.jpg">

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BLINDADOS - Segundo o comandante do Bope Paulo Henrique Moraes, que participou da megaoperação na quinta de dentro de um dos blindados, as armas dos blindados da Marinha não devem ser usadas nas ações na Vila Cruzeiro nesta sexta. "Não é uma operação de guerra comum porque há muitos moradores. [É preciso] usar [as armas] de maneira criteriosa porque ali vivem cidadãos de bem, e trabalhamos pelo menor número de feridos possível”.

ESCOLAS FECHADAS - As escolas da região da Penha estão sem aulas nesta sexta. Muitos alunos ainda tentaram ir as aulas, mas receberam a orientação de voltar para casa. De acordo com uma professora de um colégio municipal, que preferiu não se identificar, “muitas mães já ligaram informando que não iam mandar os filhos para a escola”.

FONTE: GLOBO